terça-feira, 18 de agosto de 2015

Capítulo 5 - Minha babá.






Querubim!

Por Miss_Asuna
[recuse imitações]
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[Música do capítulo: The Pretty Reckless - Hit Me Like A Man]
 

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 Eu sou forte, o amor é cruel
É uma versão da perversão
Que é apenas para pessoas sortudas

- Anda logo anjinha... - ri internamente... ela estava perdida com a quantidade de pessoas...

- Eu... eu... - buzina de um carro e lá vai eu puxando a garota.

- O Sinal tá fechado para os pedestre garota! Queria ser atropelada? - revirei os olhos – mesmo que não morremos, não seria nem um pouco legal ser atropelada e levantar normalmente, os humanos se quebram facilmente, são só um monte de carne... Entenda isso. Um monte de carne arrogantes.

- O-obrigada Sakura...

- Para de agradecer, não fiz por você, eu queria só manter os focos de atenção longe de mim.  - a garota murchou ao meu lado, como se me importasse – me diz uma coisa... você lê enoquiano?

- Ah... enoquiano? Sim, claro... todos os anjos podem ler enoquiano...  - menos eu... típico. - Por que da pergunta?

- E se um humano pudesse ler enoquiano?

- Então ele não é humano.

- Mas que... - segurei o palavrão. Sempre que falava um a babazinha parecia que iria começar a chorar.  Muitas coisas começaram a borbulhar em minha mente, se só anjos lêem enoquiano, como aquele policial mequetrefe poderia ler também? Será que ele é um... ? - Então só anjos lêem não é?

- Não disse isso... disse que todos os anjos podem ler enoquiano, mas existem outras criaturas que não são puras que aprenderam a ler enoquiano, isso é um problema para nós... Um grande problema.

  Continuávamos a conversar andando pela calçada movimentada, cheia de pedestre com suas vidinhas vazias. Estávamos ainda um pouco distantes de meu destino.

- Essas criaturas... conseguem se disfarçar de humanos?

- Sim... se disfarçar e possui-los. Inclusive conseguimos provas que eles até podem ser colocados em humanos quando são muito jovens, roubam-lhe a verdadeira alma e colocam a nojeira deles no lugar.

- Isso parece muito sério...

- E é... estamos lutando contra essas criaturas a milênios, eu não... exatamente... fico mais na pesquisa e na leitura, mas você Sakura era da linha de frente do exercito.

- Eu era uma guerreira? Hummm adoro! Mas me diz... como vim parar como uma querubim?

- Você pediu...

- MAS O QUE? COMO ALGUÉM EM SÃ CONSCIÊNCIA QUE SER REBAIXADA DE CARGO?

- Bem... não sei a história inteira... só sei que se apaixonou por um humano.

- Eu? Me apaixonar? Puff sai dessa!

- Mas a história que ouvi foi. Que você se apaixonou por um homem da terra, isso faz acho que uns 450 anos. Você vinha tentando vir a terra desde então, pra procurar o renascimento dele. E depois de muitos pedidos, você conseguiu, mas como uma querubim. Graças a Arcanja Ino. Ela era sua melhor amiga no paraíso e como você salvou a vida dela ela meio que quis retribuir...

- Se ela era minha melhor amiga, por que foi tão seca, parecia que mal me conhecia?

- Arcanjos são assim Sakura... Você era uma... Mesmo da forma que age... ainda é mais emocional de quando era uma Arcanja.

- Mas que bosta hein...

- Eh...

- E você, sempre foi uma serafim?

- Sim... Sempre vivi para as letras, tudo o que conheço está em livros e pergaminhos, esculpidos em runas e pedras sagradas, pinceladas em papiro e papel arroz...

- Que saco de vida...

- Não. Eu até gosto de estudar. Sinto que ajudo aos guerreiros, já as pesquisas que meu grupo faz é de muita utilidade as tropas celestes.

- Vocês são um grupo?

- Sim. Além de mim, tem mais onze que trabalham incessantemente nos estudos.

- E onde fazem isso? No “céu”?

- Não... - riu tímida. - fazemos isso no convento “Santa Helena” Que fica no condado de Machassusset. Lá estudamos e escrevemos, além de pesquisas para solucionar as duvidas do exercito, claro que contamos com a ajuda de madres e freiras de puro coração.

- Legal...

- Trabalho nessa área a aproximadamente 1242 anos. Claro... vim parar no convento a 126 anos, mas antes disso já pesquisava nas enormes bibliotecas do paraíso

   Eita … tem biblioteca no paraíso... que coisa... Agora tentava assimilar toda a informação, eu era uma arcanja fodona, lutava contra as criaturas malévolas, umas verdadeira badass , ai peço dispensa do céu por que me apaixonei por um humano que morreu??? Devo ter me sentido culpada para querer encontra-lo depois desse episódio. É a única resposta...

Tome o seu tempo
E faça comigo o que quiser
Eu não vou me importar
 

- É... babá... Voltando ao assunto do dito amor humano – eca – se eu realmente quisesse tanto encontra-lo quando vim a Terra... como eu poderia fazer isso?

- Bem... não é fácil rastrear uma alma se a mesma não te chamar... - ela pausou e pensou um pouco – acho que a única forma real é você carimbar a alma da pessoa com a sua graça, assim você pode rastreá-la utilizando a sua parte.

- Digamos que eu esteja incompleta, quais são as chances de eu ter mandado uma parte minha pra alma desse cara?

- Vindo de ti... são grandes as chances.

Ok ok ok... então a minha outra parte pode estar presa com a alma do cara que me apaixonei a 450 anos? – eca

- Como podemos recupera-la?

- Recuperar o pedaço da graça de um anjo?

- É... você não é garota das letras?

- Sim... Lembro de ter lido a respeito, existe um ritual que mostra no mapa onde a graça perdida está.

- Ótimo, vamos fazer isso.

- Mas precisamos de mais 3 anjos.

- Cumé?

- As graças são energia pura, então precisamos de muita energia para localizar uma, não é fácil tão fácil quanto parece.

- Ok... você encontra então esses três anjos e as paradas pra fazermos o ritual.

- Mas Sakura...

- Mas nada... você pode conseguir essas coisas mais rápido do que eu. Já que não lembro de porra nenhuma.

- Ah... tudo bem...

     É isso ai... vou encontrar a praga que conquistou a pedrinha que fica no lado esquerdo do peito, pegar minha graça de volta, recuperar minha memória, e nunca mais... nunca mais repetir uma burrada dessas!

- Chegamos – disse olhando a fachada da loja de rosquinhas.

- Oh Graças a Deus, não aguentava mais andar.

- Ninguém mandou vir com essa sapatilhinha sem palmilha.

- É a que nós freiras usamos. - foi só ai que fui notar a roupa que a morena usava... ela estava com uma roupa de freira... não... não... como eu deixei passar essa?

- Mas que grande merda...

- O que foi? - perguntou triste.

- Não pode entrar ai com essa roupa.

- E por que não?

- Não sei se reparou mas a sua camuflagem é uma bosta... quer que eu ande ao lado de uma freira? Aquele policial boboca vai me encher de perguntas.

- Por que odeia tanto aquele policial assim?

- Não vem ao caso agora... Vamos tirar essa roupa.

- Não Sakura... por favor...

- Nem por favor nem nada... vem já. - comecei a puxa-la em direção a uma loja de roupas que vi por ali.

- Ah... então além de maconherinha, arrombadora, criminosa e mentirosa agora ataca as freiras também? - Ótimo... o bom samaritano chegou... aff

- Vai ver o ataque logo. Logo... - me virei para o alto homem fardado que me olhava ferozmente.

O amor é forte, mas eu sou malvada
Você está errado sobre mim
Tome o seu tempo
Vou brincar comigo mesma enquanto isso

- Err... Sasuke? O que tá rolando aqui? - Eu soltei a freira e ela caiu de bundinha no chão. A criatura loura ao lado de Sasuke correu para ajudar a minha babá a se levantar. - Santa, digo, anja... digo... senhorita freira... está bem?

- Estou sim, muito obrigada... - ela enrubesceu sentindo o toque das mãos de Naruto sobre as suas, puxou as mãos em seguida cobrindo-as com sua longa manga de freira. - Obrigada mesmo.

Eu mantinha o contato visual com o policial tonto.

- Sabia que era uma má ideia marcar essa conversa contigo, você é completamente desvairada.

- Se te acalma o coraçãozinho frouxo a freira é minha amiguinha – ri falsa e grudei nos braços da jovem

- Senhorita, o que ela diz é verdade?

- Bem... eu... - apertei o braço da garota – é sim senhor... - ela sorriu tão amarelo quanto eu.

      Ele me olhou ainda desconfiado, pode ter certeza, nem um e muito menos o outro se sentia seguro para  confiar.

- Meu Deus... que tipo de pessoa você é? - novamente ele me bombardeava.

- O tipo de pessoa que quer o arco DELA de volta. - ele me olhava odioso agora.

- Que arco? - se perguntava o louro confuso.

- Vo... você perdeu o arco? - A freira parecia preocupada.

- Perdi nada... alguém pegou e não quer devolver – e para esse alguém leia-se Policial mequetrefe.

- Você está com algo dela Sasuke? - O louro estava intrigado.

- Está sobre custódia. - ele foi ríspido

- Arram... certinho. - resmunguei

- Viemos aqui para conversar ou nos alfinetar? - ele voltava a se dirigir a mim.

- Eu preferia algo maior e mais perfurante do que um simples alfinete.

- E eu queria paz pra minha cabeça... mas nem todos tem o que desejam...

- Oláá gente... se vão ficar nessa pira vou entrar para comer minha torta...  - falava o loiro um pouco irritadiço – me acompanha senhorita? - estendeu o braço a minha babá... que isso? Ela é uma freira mano... 'cê' tá doido?

- Não precisa me chamar de senhorita – sorriu envergonhada.

- Ó perdão... Me chamo Naruto, companheiro de trabalho desse rabugento ai – apontou para Sasuke, que revirou os olhos negros – e você?

- Hi-Hinata... - Sorriu tímida.

- Esse nome combina com você... - Pai do céu, ele estava dando uma cantada na minha freira...

E a donzela aceitou... pois é... pois é.

 - E ae grandão... vamos ficar aqui fora nos olhando ou entraremos e trataremos  desse nosso problema?

- Um problema que você causou!

- Problema é meu segundo nome querido. -  problema, ironia e sarcasmo, acostume-se.

- Devo ter jogado pedra na cruz. - e entrou na minha frente reclamando.

'Não babacão... Eu que joguei metade da minha graça fora e agora estou pagando por isso, bem vindo a esse inferno. '

O amor é forte, mas eu sou malvada
Você está errado sobre mim
Tome o seu tempo
Vou brincar comigo mesma enquanto isso

      Resmunguei e entrei o seguindo. Nos sentamos em uma mesa no canto esquerdo do salão, notei um loiro sorridente flertando minha freira... Não... isso realmente não estava acontecendo. Que mundo é esse?

- E então... o que me diz? - disse ele..

- Quê? - nem escutei o que a criatura balbuciou

- Aff... - ele revirou os olhos, puxou o ar fundo –  Meus pais enviaram duas passagens para o Havai... pra hoje a noite às 21:00H.

- Mas que merda. - disse tão alto que alguns tiras olharam para mim.

- Hum...

- Vamos ueh... - relaxei na cadeira o fitando debochada – to doidinha pra dar um mergulho.

- Vai se afogar isso sim.

- Sabe nada... inocente!

- Quantos anos você tem garota?

- 1.500 anos?!

- Hahahaha ahan... tá hahahaha... - ironia era mato – mente nome, mente idade, mente vontades... você só sabe mentir.

- Mentir? Sou a pessoa mais honesta que você já conheceu na vida.

- Para com isso...

- Seguinte, tenho que levar a freirinha junto...

- Pra falar a verdade acho até bom, algo pra te por na linha.

- Blábláblá...

- Levar a Hinata onde? - chegava o loiro atrás de mim... gente esse garoto ouve tudo...

- Não te interessa. - falamos juntos, o policial bobão e eu a maravilhosa querubim.

- On...de querem me levar? - agora era a freirinha... aff

- Depois de explico Hinata. - falei rápido.

     Já fui levantando e segurando a Serafim nos direcionando a saída.

- Espera... Sakura, você vai né?

- Tenho escolha? Você tem algo meu como refém.

Os tiras do lugar olharam pra nosso diálogo.

- Seu coração? - ele riu de canto, e a jovem que servia café derrubou o que me pareceu propositalmente uma xicará no chão.

- É um coração de madeira, com corda que lanço coisas pontiagudas, perfeito.  - ele ainda sorria... esquisitão – Sim senhor policial, estarei lá no horário combinado.

    Sai rápido, o policial continuava olhando eu e a Freira nos distanciando, gente mas esse policial é esquisito demais...

- Onde vamos? - perguntava curiosa a Serafim, eu a soltei e voltávamos a andar rumo meu cubículo.

- Mas antes me responda... que parada era aquela com o loiro? - olhe pra ela com o rabicho do olho.

- Ele é muito simpático...

- Ele estava lhe dando torta na boca.

- A torta estava muito saborosa, de amora... deveria ter agradecido a confeiteira.

- Para de fugir do assunto...

- Hãm?

- Ele é um homem adulto, dando torta na boca de uma freira...

- O que tem?

- hahaha quer saber, continue comendo tudinho que ele quiser dar na sua boca.

- Me senti feliz.

- Ahan... hahahaha

- Mas... onde vai? E onde me levará?

- Prepare o biquíni, maiô, prancha de surf porque iremos para o Havaí. - inacreditável, pela primeira vez na vida depois da transformação, eu estava realmente animada. Mas é claro, se fosse sem o policial mequetrefe seria mil vezes melhor, mas é só da uns perdidos que  tá tranquilo.

- Nunca usei essas coisas...

- Os tempos mudam minha filha. - ri descompassada.

E como mudam... 


 Me atinja como um homem
Me ame como uma mulher
Do demônio que está lá no fundo
Você não consegue ver o que eu estou querendo?

Alguns vão te dar o inferno, outros te darão o céu

  
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